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Bolsonaro, agora réu, requenta alegações de fraude e defesa do voto impresso

O ex-presidente responderá a uma ação penal no STF, sob acusação de liderar uma organização criminosa


Logo depois de se tornar réu por envolvimento na trama golpista de 2022, Jair Bolsonaro (PL) decidiu retomar alegações infundadas de fraude em eleições, defender o voto impresso e atacar o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.


O ex-presidente responderá a uma ação penal, acusado de crimes como tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.


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Em entrevista coletiva, Bolsonaro afirmou que a acusação é “muito grave e infundada”. Segundo ele, a investigação não foi capaz de apontar quem seria o líder da conspiração — é o próprio ex-presidente, porém, quem consta da denúncia da Procuradoria-Geral da República como o chefe da organização criminosa.


“Não sou obrigado a confiar em um programador”, disse o ex-capitão ao requentar sua versão de que o sistema eleitoral brasileiro não seria imune a fraudes. “O voto impresso é um direito e, com uma contagem pública de votos, tem de ser feito.”


Ele também alegou ter havido irregularidades no pleito de 2018, no qual derrotou em segundo turno o então candidato do PT, Fernando Haddad. “Estava na cara que tinha havido fraude, pra me tirar e botar o Haddad”, prosseguiu.


Sobre a disputa de 2022, acusou o Tribunal Superior Eleitoral de “jogar pesado” a favor de Lula — por exemplo, ao incentivar que jovens de 16 e 17 anos tirassem o título de eleitor. “75% dessa faixa etária vota na esquerda”, reclamou.


Em 2021, Bolsonaro e sua tropa de choque fracassaram na Câmara dos Deputados na tentativa de aprovar a PEC do Voto Impresso. Foram 229 votos favoráveis, 218 contrários e uma abstenção. Para que fosse aprovada, precisava de pelo menos 308 apoiadores.



Com a decisão do STF nesta quarta, Bolsonaro responderá a uma ação penal, com coleta de provas, perícia de documentos e depoimentos da defesa e da acusação.


Ao fim da etapa de instrução, sem prazo definido, a Corte decidirá se condena ou absolve Bolsonaro e os demais réus. Em caso de condenação, os ministros fixarão a dosimetria das penas — ou seja, por quanto tempo eles permanecerão presos.


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